quarta-feira, 20 de maio de 2009

Riacho do Ipiranga

"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas." Nas margens do Riacho do Ipiranga (hoje denominado simplesmente córrego do Ipiranga), foi dado o grito da Independência de nosso País.
As águas que por ali passam já não são mais tão límpidas e puras.
Na tentativa de preservar a natureza, ainda há algumas plantas rasteiras na extensão.
O reflexo das imagens não está em um espelho polido mas no rio turvo e sem vida.
Passeio de carro, a pé? O cheiro incomoda, mas pagamos esse preço pelo desenvolvimento.

Jardins Museu Ipiranga

Estamos em São Paulo?
Esse ar de magnitude, cercado pelos pinheiros e demais árvores não nos remete à França ? ...
Cadê a "terra", será que aos poucos ela "desce"?
Pausa para foto.
Preciso registrar esse momento.
Fazer refletir a minha visita assim como o céu no espelho d´água.

Getúlio Vargas


" Ó pátria amada"
Sem o conhecimento não há amor, à Pátria!
As cores vermelha e azul das paredes se estendem para o banner instalado em frente ao colégio.
Assim como o nome do homenageado, Getúlio Vargas, a escola é um ícone em educação no bairro.
Os portões estão trancados? Como buscar o conhecimento?
Não se preocupe, é porque estamos no final de semana. A partir de segunda-feira eles estarão abertos para a extensão do seu conhecimento.

Novas artes



O grafite é um "símbolo" da nova arte.
A árvore parece proteger o desenho para que não perca a sua beleza com o sol ou chuva, e todas as pinturas olham carinhosamente para a sua protetora em forma de agradecimento.
Suas cores vivas retratam que o novo pode muito bem conviver com o antigo.


" Terra adorada"
No bairro, diversas etnias se instalaram.
O sr. da foto é português, quando criança residiu no Rio de Janeiro, mas optou ficar no Ipiranga quando mais adulto.
Seu Fusca acompanha a sua trajetória há anos.
A pele rosada de seu rosto não é reflexo do Escort parado lado atrás de seu veículo.
Escolheu a árvore para sentar e trocar alguns minutos de prosa conosco.


Berço esplêndido

"Deitado eternamente em berço esplêndido"
Me digas em que berço descansaste e te direi qual é o teu humor, a tua vida, o teu amor.
No concreto te deitas e te levantas para o descanso diário.
Tua vida é fria? Não, apenas cinza assim como o berço onde te deitas.
Banho? É só descer a rampa, não há portas apenas a janela para a avenida e para o céu.
Não é necessário a água ser quente, nem limpa ela está.

Diferentes igualdades

" Se o penhor dessa igualdade"
Enquanto a menina "empurra" timidamente a sua bicicleta pela calçada, o motoqueiro faz o seu trajeto calmamente pela avenida.
O desenvovimento do transporte público ao fundo (Expresso Tiradentes) percorre o bairro e mistura-se com os casebres simples que parecem ter parado no tempo.
Os vestigios de natureza na porta de entrada de uma das moradias está coberto com alguns restos de lixo, situação que aparentemente faz parte das calçadas deste local.

Apagão!? Não

" Nossos bosques tem mais vida"
Onde localizar os bosques nessa escuridão?
O que aconteceu com as ruas tão largas e iluminadas?
Será que há vida?
Sim há, porém estão iluminadas pelos faróis dos carros, luzes dos postes e pelos holofotes que indicam um novo empreendimento no bairro.



" (...) que ostentas" o desenvolvimento e o progresso não podemos negar.
Será que o cone está sinalizando que neste lado da rua o progresso ainda não chegou? Afinal o chevette parece empurrar o carrão preto estacionado a sua frente.
E a cerquinha laranja? Quer dizer proibido passar, assim como a placa de proibido estacionar?
Está procurando uma vaga? Que tal deixar o seu carro à sombra de uma das árvores, para não esquentar o seu assento embaixo desse sol escaldante?
Depois, transporte-se para uma desses apartamentos para assistir ao entardecer.
Esqueceu o celular? Precisa avisar que se atrasará? Não tem problema, logo ali tem um telefone público.

Moradias inusitadas

E se este "impávido colosso" fosse mais gentil?
Talvez a realidade dessas famílias seria diferente.
No bairro ainda há moradias construídas com folhas de compensado e, em circunstâncias inusitadas. As árvores serviram de suporte para as construções e, o esgoto corre a céu aberto. Mesmo nessas condições a seu modo, os moradores procuram passar noções de higiene vendendo produtos para tal e, garantir a sobrevivência da família.

Feira de Domingo




"Ao som" da sinfonia executada pelos feirantes no domingo pela manhã crianças, jovens e adultos bailam "mar" das barracas.Comer pastel, comprar frutas legumes e verduras, ir de carro, a pé ou de moto.
Encontrar os amigos do prédio ou o vizinho.
Ficar à sombra ?
Que nada ir pra casa preparar a macarronada.

Museu do Ipiranga

Sob o mesmo "céu risonho e límpido" o Museu do Ipiranga, construído pelos italianos Tommaso Gaudenzio e Luigi Pucci, continua impecável. Sua arquitetura renascentista, a beleza do jardim em estilo francês com suas palmeiras imperiais e suas fontes, despertam nos visitantes a vontade de registrar a sua passagem pelo local.
O perfil do leão montado com ladrilhos se confunde com a sombra dos transeuntes que pcirculam pelo local.

Parque da Independência

" Nem teme, quem te adora..."
Passeio em família, paquera, visita. Não importa o que você fará nas largas ruas do Parque da Independência o que vale é adorar os momentos de sua estadia.
Não tema ao Monumento da Independência, ele está ali para confirmar a história de nosso país.

Clube da Cidade

"Em teu seio ó liberdade"
Que tal uma partida de futebol no final de semana?
Há um Clube da Cidade (antigo Balneário) no local e todos podem jogar uma "pelada". Não importa se você tem tênis branco, meia preta, camiseta azul (que se funde com a cor do chão), calça ou short ou, se não possui um ou outro item, o importante é escalar as possibilidades e se divertir!
Pegue a sua bicicleta e a estacione próximo ao poste dentro da quadra, na rua preste atenção! É proibido.
Não fique apenas na janela do seu apartamento, saia dai! Não reside nas próximidades?? Não tem problema venha de ônibus, há um ponto bem em frente.
E essas grades??? São apenas para proteger a escapada de nossa amiga bola para o outro lado da rua.
"Dos filhos deste solo és mãe gentil."
Aparentemente no solo deste bairro convivem de forma harmoniosa os restaurantes finos e simplórios.
Na mesma avenida, enquanto algumas pessoas param para almoçar nos restaurantes mais sofisticados, o guardador de carros almoça em seu trabalho.
Sua cadeira? O meio fio!
Sua mesa? Suas pernas!
Seus talheres? Suas mãos!


"Verás que um filho teu não foge a luta"
No bairro há também o comércio informal. O vendedor ambulante aos finais de semana vai a luta efetuar a venda de seus produtos, exatamente em uma das entradas do Parque da Independência. Seu público alvo? Os visitantes e os transeuntes que passarem pelo local.
"Iluminado ao sol ..."
Rua sossegada, tranquila convidativa a uma soneca no período da tarde.
Mármores, ladrilhos, pinturas opacas e um pouco mais arrojadas nos informam que a estrutura das casas pode ser a mesma, porém cada um personaliza a fachada com o seu toque pessoal.
"Do que a terra mais garrida"
Aparentemente poderíamos achar que estamos em uma rua daquelas cidades do interior, mas não, estamos em uma das diversas vilas de operários espalhadas pelo bairro. A pintura está opaca, degraus nos fazem o convite para adentrarmos nas residências e nos degustarmos com o famoso chá da tarde. Não vemos a movimentação, o corre-corre diário, apenas a tranquilidade paira no ar.

domingo, 17 de maio de 2009

Capela e Memorial Santa Paulina

"Paz no futuro e glória no passado"
Assim como o Museu do Ipiranga, a Capela e também Memorial Santa Paulina tem seu estilo renascentista.
O intocável nos é lembrado nas grades altas, pelo jardim cercado pelas mais diversas árvores.
Céu cinzento, aparência cissuda, cruz no alto e no fundo nos remete a imagem do divino.

Linha ferroviária Ipiranga


"À imagem do Cruzeiro resplandece."
O bairro é gigante por natureza, assim como a quantidade de carga transportada na linha férrea, que com o passar dos anos perdeu um pouco de sua vegetação.
Serve de ligação para os moradores da favela ao lado, mas ainda assim não deixou de mostrar o horizonte e de trazer o desenvolvimento aclamado pelo bairro.